Assim como o panteísmo e o duoteísmo, muitos adeptos da Wicca são politeístas, acreditando, assim, que existem diversos deuses existentes. Alguns aceitam a ideia expressa pelo ocultista Dion Fortune de que "todos os deuses são um deus, e todas as deusas são uma deusa". Com tal mentalidade, um wiccano pode crer que a germânica Eostre, a hindu Kali, e a cristã Virgem Maria são manifestações de uma Deusa Suprema e, da mesma forma, que o celta Cernunnos, o grego Dionísio e o judaico-cristão Yahweh são aspectos de um mesmo Deus Supremo. Numa abordagem estritamente mais antiga da crença politeísta, os deuses e deusas são em seu próprio direito criaturas distintas uma das outras, não sendo, assim, aspectos nem elementos de uma outra "entidade maior". Os escritores wiccanos Janet Farrar e Gavin Bone postularam que a Wicca é cada vez mais politeísta à medida que amadurece, tendendo a adotar uma visão pagã cada vez mais tradicional. Outros wiccanos concebem as deidades não como personalidades literais mas como arquétipos metafóricos ou uma tulpa, fazendo com que estes sejam decidamente adeptos do ateísmo. Essa visão foi adotada pela Alta Sacerdotiza Vivianne Crowley, que também era psicóloga, e que considerava as divindades da Wicca como arquétipos Junguianos que existem no subconsciente e que poderiam ser evocados através dos rituais. Por esta razão, Crowley dizia que "A Deusa e o Deus se manifestam para nós em sonho e em visão."
A Wicca é, essencialmente, uma religião imanente, e para grande parte dos wiccanos esta idéia também envolve elementos do animismo. Esta crença diz que a Deusa e o Deus (ou os deuses e as deusas) são capazes de se manifestarem fisicamente, na forma de uma pessoa, ao vivo, sobretudo nos corpos do Sacerdote e da Sacerdotiza, para fornecerem uma mensagem espiritual direta aos integrantes do ritual.
0 comentários:
Enviar um comentário